Do café da manhã de domingo trago sempre uma pilha de fotos de capas de livros. “Desvario laborioso e empobrecedor é o de compor vastos livros; o de espraiar por quinhentas páginas uma ideia cuja perfeita exposição oral cabe em poucos minutos”, disse Borges. Livros a comprar são compromissos assumidos sobre o futuro. No extremo, o argumento de Borges preconiza uma síntese. Borgiano sem pudor, creio que a síntese é ainda uma forma repleta de redundâncias. Fico-me pela anotação de títulos. Não compromissos, apenas opções. Para quê o território, quando o mapa é suficiente?
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