há um certo encanto na exaustão
uma quietude áspera, quase severa
onde a pele já não sente –
e o olhar descansa, imóvel,
num ponto qualquer,
como se a própria alma
decidisse ausentar-se por um instante
Sem dúvida – há exaustões que nos gastam e outras que nos transformam. A que me refiro é aquela que quase nos torna imortais, porque já nada sobra para sentir.
Boa tarde, Joaquim. Essa é a exaustão nobre, a do corpo. Quando nos extenuamos até que os músculos se revoltem, parece que a alma decide manter-se por perto para testemunhar a catástrofe – talvez para se rir um pouco da nossa condição.
Excesso de trabalho, esse velho conhecido. De facto, um inferno feito de papelada, prazos e pequenos demónios em formato de minudências (in)consequentes. Mas como diz, felizmente, até os infernos têm saídas de emergência.
Boa tarde, Maria Eu. Talvez seja uma prima da melancolia, uma versão mais crua, sem o lirismo da saudade. Um estado onde até a melancolia hesita, e é a simples ausência que toma o seu lugar – um vazio exato e sem nome.
Acredito que dependa do tipo de exaustão... :)
ResponderEliminarSem dúvida – há exaustões que nos gastam e outras que nos transformam. A que me refiro é aquela que quase nos torna imortais, porque já nada sobra para sentir.
EliminarE quando essa exaustão se estende aos músculos, aí é que é, mas aí a alma não se ausenta tanto.
ResponderEliminarBoa tarde Sr.Xilre.
Boa tarde, Joaquim. Essa é a exaustão nobre, a do corpo. Quando nos extenuamos até que os músculos se revoltem, parece que a alma decide manter-se por perto para testemunhar a catástrofe – talvez para se rir um pouco da nossa condição.
EliminarTambém julgo que depende da exaustão. Sendo por excesso de trabalho, é um pequeno inferno. Do qual, felizmente, se pode sair.
ResponderEliminarExcesso de trabalho, esse velho conhecido. De facto, um inferno feito de papelada, prazos e pequenos demónios em formato de minudências (in)consequentes. Mas como diz, felizmente, até os infernos têm saídas de emergência.
EliminarEu chamo a esse estado "melancolia".
ResponderEliminarBoa tarde, caro Xilre.
Boa tarde, Maria Eu. Talvez seja uma prima da melancolia, uma versão mais crua, sem o lirismo da saudade. Um estado onde até a melancolia hesita, e é a simples ausência que toma o seu lugar – um vazio exato e sem nome.
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