30.7.22

Mão

Vocês têm mão, digo eu, e o sorriso de Dona Fernandinha rasga-se, brilhante. Fico muito contente e a cozinheira também vai ficar, diz ela. Mão para o tempero, quero eu dizer, mas não digo, e mão para dominar a clientela com rebeldia de cerveja. A desanda de ontem aos desinquietadores de balcão resultou tão bem que hoje nenhum copo foi partido durante a elaboração desta minudência inconsequente. A mão que bem distribui o tempero, melhor doma o destempero. O ditado não o diz, leitora, mas bem podia dizer.

5 comentários:

  1. E assim, sem alarde de maior, se contesta mais uma destemperada teoria conspiratória, ali abaixo lançada: qual fact cheker, fica o registo de que Dom Xilre se não avia em tascas, antes em restaurantes de confecção caseira, com balcão ;))

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    1. Por um bom gaspacho, vou ao fim da rua, vou ao fim do mundo (não diz a TSF, mas podia dizer).

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  2. É por estas e outras que sinto uma enorme saudade do restaurante, confeitaria e pão-quente de Dona Yara, quando tudo era claro como água cristalina e...ninguém tomava nada ao balcão...

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    1. A restauração em Portugal é, na verdade, repleta de ambiguidades...

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  3. O ditado não foi feito para a D. Fernandinha, Xilre. Mas ficava-lhe bem, digo eu.

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