«L’Amour La Mer» não é livro banal ou fácil. Precisa ser vivido página a página, já que a poesia da prosa de Quignard não se deixa absorver de um só gole, como um copo de água. Antes degustado como um vinho velho. Mas como não gostar da imagética, melhor, da fotografia em palavras, deste catálogo de sentimentos tão perfeitamente expostos na sua impossível delicadeza, na travessia da língua francesa fundada sobre gerações de estilistas do verbo, de Proust a Éluard, neste mapa de ideias onde se cruzam os interesses de Quignard e também os nós de ligação com outras das suas obras anteriores? «L'Amour La Mer» é tanto um romance como um ensaio, uma odisseia sobre os pilares da criação de uma ideia de Europa, raiz tanto de pertenças como de perplexidades.
10.11.22
L’Amour La Mer
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