vi-o dobrar os joelhos e curvar-se até ter os olhos em linha reta com os do gato, reta com pouca inclinação aquela, quase horizontal. acenou suavemente e o gato, primeiro de bigodes perpendiculares, depois, cada vez mais paralelos, aproximou-se. andando, passei ao lado com distância bastante para não perturbar o encantamento. no final da rua de paralelepípedos, virei-me para trás e nessa altura já o gato desenhava oitos por entre os tornozelos dele. com uma alavanca, moverei o mundo, disse arquimedes. ninguém o move melhor que os gatos.
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