19.11.23
Protesto
Só num cemitério de Mariupol estão mais de sete mil campos numeradas de ucranianos massacrados pela forças russas.
Apenas numa cidade, num só cemitério. Quantas mais cidades, quantos mais cemitérios, quantos mais desaparecidos, que nunca serão enterrados. E, no entanto, para muitos dos que agora justamente protestam contra o genocídio exercido pelas forças fascistas de Netanyahu sobre Gaza, este é tema tabu.
Nunca lhes ouvi uma palavra que não fosse de apoio ao agressor russo, uma subserviência pegajosa a Putin.
Mas a definição de genocídio não depende da origem geográfica do executado.
Um bebé ucraniano tem tanto direito a ter um futuro, uma terra onde crescer em segurança, quanto um palestiniano.
A maior guerra que continuamos a ter frente a nós, sempre foi, sempre será, contra essa forma sociopata de atirar areia para os olhos dos outros, a que chamamos hipocrisia.