30.8.24

Coragem

Comprei, há menos de uma semana, a edição crítica de ‘Don Quijote de La Mancha’, fruto do trabalho meticuloso, de muitos anos, de Francisco Rico — infelizmente, falecido há pouco tempo, não muito depois do seu grande amigo Javier Marías, que o colocou como personagem em vários livros.

Hoje, retirei meticulosamente o celofane de origem que o protegia. ‘Don Quijote’ não é um livro curto, mas esta edição abalança-se às mais de 1300 páginas. Creio que precisarei de um mês de leitura ininterrupta — o espanhol do século dezassete não é trivial — para chegar às páginas finais brancas, para notas.

Não creio que exista mais meritório pretexto para prolongar as férias até ao limiar de outubro.

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