— Só vejo o telejornal — diz Dona Anónima na mesa ao lado, aqui na esplanada.
— E sei tudo do telejornal — remata, catedrática, decisiva.
E eu, que não vejo só o telejornal e que, como o filósofo, só sei que nada sei, quedo-me, frente à chávena de café vazia, consumido pelo calor, devastado pela inveja.