há momentos em que escrever é como procurar água num deserto
as palavras resistem, escondem-se nas esquinas da folha
fingem que não sabem o caminho de volta
e eu, com as mãos vazias, tento encontrar o fio da frase perdida
como quem procura um eco numa sala sem janelas
a certa altura, é como se o papel me devolvesse o olhar
esperando que eu desista
mas eu persisto, na esperança de que o silêncio
se renda primeiro
Não será defeito ou feitio que o tempo vai inscrevendo no pensamento? Pelo que escreve, Xilre, não é mau domador de palavras.
ResponderEliminarOlhe quando elas regressam vale sempre a pena...e isso é o que conta .
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