17.2.25

O alvorecer de Monet

A névoa levanta-se devagar,
como se o dia hesitasse em nascer.
A água reflete um sol sem contorno,
apenas um sussurro de luz.
Monet observa sem procurar,
porque tudo o que importa
existe antes da forma.
O mundo é cor antes de ser mundo.
O pincel toca a tela.
Não para fixar o instante,
mas para fazê-lo vibrar,
como se o amanhecer
acontecesse de novo ali.