11.7.25

O bater de asas

Menina Shakti, a instrutora de ioga, vai radiar de júbilo com a ténue chuva de hoje e com a baixa de temperatura que se lhe seguiu, quase um assomo de outono à segunda semana de julho. Com os instruendos em processo de fusão a cada asana mais contorcida, Menina teve de restringir o repertório de modo a evitar que os seus transpirados e exauridos aprendizes não saíssem de maca por desidratação acelerada. Resultado: semanas de prática suavíssima, quase ioga nidra a anteceder o ioga nidra propriamente dito, mas ao menos sobrevivência coletiva -- presume-se que da maioria, pelo menos. Alguns dos regulares tornaram-se entretanto irregulares, mas acreditemos na sabedoria dos gálicos, pas de nouvelles, bonnes nouvelles. A prática voltará, assim se espera, se esta temperatura se mantiver equilibrada, ao seu ritmo habitual, mais rigoroso, mais alongado. O problema é que o equilíbrio do tempo, ou de São Pedro, o seu padroeiro, ou de ambos, não é lá grande coisa. Ai de mim, ainda assim melhor do que o meu, leitora, melhor do que o meu.

2 comentários:

  1. Espantada por se ter iniciado em tal prática...também adorava as sessões de equilíbrio mas a coluna queixava-se...e abandonei os tantras e as velas de cheiro, ainda que na verdade sempre tivesse sido sobretudo alguém que estando dentro permanece fora.

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    1. Ah, CC, eu bem fixo o olhar num ponto, sigo as melhores práticas, para me aguentar firme num só pé enquanto o outro faz toda a série de tropelias ditadas pela asana, mas a postura da árvore ainda me sai mais como se fosse a postura do arbusto em dia de vento...

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