A coleira do cão (cadela?) de colo na mesa em frente é cor-de-rosa com
brilhantes incrustrados e faz par com as tiras das sandálias da dona. Tão bem
combinam, ademais, em tudo, humana e canídeo — altivez, movimento, expressão —
que este é um caso de rara simbiose de que falam os livros. Não é com o
companheiro masculino, figura diametralmente oposta, que a química é maior — é
um palpite, é certo, mas quantas vezes não se revelam os palpites mais reais do que a
realidade ela própria?