19.9.24

Eco

Há um certo cansaço que não se descreve, porque escapa por entre as palavras. Não é o cansaço do trabalho, nem das pessoas, nem sequer da vida. É aquele cansaço elegante, que aparece sem ser convidado, como um amigo inconveniente. Um cansaço sofisticado, de quem já se cansou até de se cansar. E, por fim, esboçamos um sorriso contrafeito, como quem reencontra um velho reflexo no espelho, sabendo que, de alguma forma, nunca deixará de estar lá.

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