18.9.24

Vestígio

Não me deixes sem que a terra me reconheça, ou que as pedras guardem o meu eco. Dá-me um nome que as raízes possam guardar, onde o vento me encontre — sem me perder. Permite que eu seja mais do que passagem.

2 comentários:

  1. E o que somos nós todos, Xilre, senão alguém que passa. Alguns deixam obra feita, durarão um pouco mais. Ou não. Mas a estes que somos, corpóreos e terrenos, nada vale além da passagem. Vestígios, se os deixarmos não o saberemos.
    Não obstante a beleza da sua prosa poética.

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    1. Se somos só vestígios, que ao menos saibamos deixar o tipo certo de pegadas — daquelas que o vento hesita em apagar.

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