Descobri um café que não é apenas uma bebida, mas uma epifania — como se Carlos Drummond de Andrade, alquimista de profissão e apego, tivesse encontrado forma de destilar versos em grãos. Só pode ser apreciado num refúgio discreto, onde o mundo se suspende e o silêncio se assume como um abraço de cumplicidade. A origem, confidenciaram-me, é Minas Gerais e, cada grão, parece moldado pelas mãos da terra e polido pelo tempo. Desde então, todos os outros cafés são apenas sombras; este é o original, o poema em estado líquido, um segredo que não sei se quero partilhar.
A partilha é o grande trunfo da internet, o Sr. Xilre sabe-o bem, por isso veio partilhar connosco a sua descoberta. Ao não ter divulgado o nome, por agora, leva-nos a um coro altitonante: diga, diga, diga.
ResponderEliminarE como também dizia Carlos Drummond de Andrade:
"Café preto que nem a preta velha
café gostoso
café bom."
Venha de lá esse café.
Joaquim, o café repousa em Lisboa, numa chávena onde Minas Gerais sussurra histórias. O nome? Talvez Drummond dissesse que certas coisas se revelam como os versos – como epifanias, precisamente.
EliminarRepto aceite: diga, diga, diga.
ResponderEliminarNão é mistério, mas poesia servida em chávena. Em Lisboa, entre ruas que sabem guardar segredos, o café espera. O nome? Pense nele como um verso tanto mais lapidado quanto mais procurado.
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