16.2.25

penélope na escarpa

já não conto os dias
nem desfaço o que foi feito

os barcos vão e vêm
mas nenhum traz um nome
que me pese nos lábios

não sou espera
nem promessa
nem teia suspensa no tempo

sou quem decide a fenda na porta
a cor do lençol
o nome que sopro na pele
de quem escolho que fique