21.10.24

um exílio de palavras

herberto caminhava pelas ruas de paris como quem procura um eco
as palavras, errantes, escorriam-lhe pelos dedos
enquanto a cidade sussurrava poemas numa língua que ele não ousava

aimer

era nos cafés e nas pontes que o silêncio lhe fazia companhia
e no meio da agitação, descobria sempre uma pequena morte —
a do verso perfeito, que escolhia desaparecer antes de ser escrito

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