À Senhora que hoje de manhã, conduzindo com um cigarro numa mão e um telefone na outra, se atravessou à minha frente não respeitando a prioridade, a que cedi -- que remédio -- passagem, para que o dia não azedasse para ambos logo às nove horas de manhã, à Senhora, digo, compre a lotaria, o totoloto, o euromilhões; experimente o mergulho em apneia, o paraquedismo, uma viagem à caldeira de um vulcão. Sorte assim não se desperdiça, deve ser aproveitada ao extremo, para acumular riqueza material e, quem sabe, cognitiva. Experimente até conduzir sem qualquer mão no volante -- não que hoje o volante parecesse especialmente sob controlo. Experimente, mas longe de mim. Eu, pelo meu lado, enquanto me recordar, fugirei daquela rua como quem foge da má-sorte, a oito pés, não sete, e sem olhar para qualquer rasto na poeira.
Ora bolas. E logo era uma mulher!
ResponderEliminarFestejemos os seus reflexos, caro Xilre.
Sim, mas conduzir assim não está ao alcance de qualquer um(a) -- cigarro, telefone e volante para apenas duas mãos, é mestria. Foi tangencial, bea, por um triz...
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